Aqui há tempos resolvi comprar uma viola e entrei numa página, armado de entusiamo e cartão de crédito. Antes de preencher o respectivo número, a página pediu-me que provasse que não era um robot, obrigando-me a copiar um número meio borrado, tarefa que cumpri com alguma dificuldade. Pude então comprar a viola, transbordante de felicidade, porque fiquei convencido que pertencia à chusma dos humanos, e não à dos robots, sem compreender, no entanto, o irracional preconceito que proíbe a um robot a simples compra de uma viola. E se, por acaso, este quiser optar por ser seresteiro em vez de, por exemplo, um político bem instalado e sorridente? (Asseguro-lhes que há um robot no museu do Louvre que sorri aos visitantes mais candidamente que o próprio António Costa).
É muita página a desconfiar que sou robot. É, portanto, altamente provável que o seja, de facto. Todos os meus actos, volições e cobardias recentes me levam a pensar isso…
(Mas, se assim é, porque não fui ainda chamado à governação do país?)
(Imagem devolvida pelo Google sob “Robots”)
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