quinta-feira, 17 de outubro de 2019

ANEDOTAS REACCIONÁRIAS (II)

Hoje vou contar a anedota reacionária do meu amigo Marques Carlos. No fim, como de costume, tento produzir alguns comentários apropriados.

Eis a anedota:

"Mil novecentos e setenta e cinco. Eta, ano bom! Carlos recebeu um subsídio de diligência na tropa, no quartel da Trafaria onde era Alferes Miliciano. Comprou um carrinho zero e, evidentemente, arranjou logo uma namorada morena, linda, devolvida de África.

Naquele dia de Julho, Carlos convidou a moça para irem ambos até à Caparica comer umas cadelinhas. A jovem, sabe-se lá porquê, aceitou sem reservas.

Chegado à Caparica, Carlos estacionou o seu Carocha sob uma frondosa árvore e, timidamente, pousou a sua mão direita na coxa de Jéssica.

- Se quiseres, podes ir mais longe - Disse Jéssica.

Então, Carlos deu partida no motor e foi até à Fonte da Telha."

Agora, três comentários possíveis e adequados:
1. Esta história parece ter laivos algo biográficos, não?
2. Um passeio na praia e um prato de mariscos eram, em 1975, suficientes para se viver a vida com alegria e entusiamo. Sobreviver já estava de bom tamanho...
3. O comentário relativo à hipotética estupidez de Carlos fica prejudicado. Mas devo acrescentar que Carlos NÃO era loiro.

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